Usina Monte Alegre/PB
E lá vamos nós, para mais uma aventura na estrada, dessa vez vamos conhecer todo o processo de industrialização da mais tradicional monocultura do nordeste brasileiro. Durante mais de 200 anos o plantio da cana de açúcar foi o principal responsável pelo desenvolvimento da economia no do Brasil. Passados muitos de anos, o cultivo da cana de açúcar continua literalmente à todo vapor, aquecendo a economia de várias cidades, gerando emprego e renda para milhares de pessoas e volumosas arrecadações fiscais para governos municipais e estaduais.
Conhecemos a usina Monte alegre, situada às margens da BR 101 no município de Mamanguape -PB, cerca de 60km de distância de João Pessoa.
Foi surpreendente o que vimos, uma estrutura gigantesca e complexa, porém extremamente autossuficiente, pois da cana tudo é reaproveitado, nada se perde. Com cerca de oito mil hectares de terra plantados com cana de açúcar e uma colheita de aproximadamente 950 mil toneladas, a usina monte alegre produz cerca de 1.500.000 (Um milhão e quinhentos mil) sacos de 50 quilos de açúcar, mas os números estratosféricos não ficam só por aí, na produção de etanol da usina monte alegre chega perto dos 28 milhões de litros do combustível. Todo esse processo emprega cerca de 2.300 pessoas causando uma fantástica movimentação na economia da cidade de Mamanguape e região.
Com o bagaço da cana sendo queimado nas caldeiras, é gerada uma temperatura de 900° centígrados, esse vapor segue para as turbinas para gerar energia elétrica. Buscando sempre novas e eficientes alternativas para o bom entrosamento entre homem, meio ambiente e indústria, a usina monte alegre foi a primeira no Brasil a produzir açúcar sem a utilização de enxofre, componente que pode causar danos à saúde.
Quem vê toda aquela estrutura metálica com vapores saindo de todo canto, com enormes caldeiras e bueiros, não imagina que em pleno coração da usina exista uma central computadores e câmeras de monitoramento, registrando e fornecendo aos operadores todos os dados necessários para o bom funcionamento dos equipamentos.
Além do incremento financeiro na economia local durante o período da safra, que atinge mais ou menos seis meses, a usina monte alegre está voltada para o social, estabelecendo uma parceria com a rede municipal de ensino para a manutenção da escola Maria Lúcia e da creche tia Lucinha. A colocação em prática da consciência ambiental, fez da usina monte alegre uma das primeiras a ter uma área de reserva ambiental de 4 mil hectares e mais de 2 mil pés de eucaliptos plantados.
Saímos maravilhados com o que presenciamos, encontramos em um só lugar produção, emprego, distribuição de renda, preservação do meio ambiente, inclusão social e tecnologia industrial.
Parabenizamos aos que fazem a usina monte alegre por tudo que nos foi oferecido em termos de conhecimento e calor humano. Obrigado em especial aos técnicos de segurança Sidcley Dumont e Maristela Rocha, ao engenheiro de automação Valmor Barreto, a engenheira química Marlene Oliveira, João Pereira Valões (gerente agrícola), Fernanda Carla (secretária do departamento técnico) e ao Cosmo; secretario que fez um delicioso café para nós.