Caminhos do Velho Chico: Alagoas/Sergipe
Férias maravilhosas! Foi exatamente esse sentimento que tivemos em relação à nossas férias de janeiro. Com o carro abastecido e o cooler cheio de alimentação saudável regada pelo estilo de vida LOW CARB, partimos de Recife pela BR. 101 sul, com destino à bela cidade de Coruripe no litoral Alagoano. Hospedamos-nos em uma bela e aconchegante pousada na praia de Barreiras que tinha tudo o que queríamos: verde, sossego, sol, rio e mar. Repleta de belíssimas praias e lindas fazendas de coqueiros, a cidade de Coruripe tem a fama de ter praias paradisíacas e com uma enorme vocação para o turismo.
Visitamos a Lagoa do Pau, uma praia calma de águas mornas e tranquilas,
Depois fomos até o lugar mais badalado da cidade, o Pontal do Coruripe de onde temos uma linda vista do mar, ponto estratégico para os navegantes que avistavam o farol do Coruripe há muitos quilômetros da costa.
Na aconchegante pousada do Batel, do simpático casal Michel e Giselda, conhecemos outro amável casal que logo nos identificamos e formamos um quarteto para explorar as outras praias da região. Nossos novos amigos Patrício e Marillac também possuem espírito aventureiro e seguiram conosco para conhecermos as belas praias de Miaí de Baixo e Miaí de Cima.
Tivemos uma bela surpresa ao conhecermos a praia de Feliz Deserto, uma belíssima praia de águas mornas e mar tranquilo mas, o tráfego intenso de veículos à beira mar nos tirou o desejo de demorar mais um pouco.
Surpresa e decepção encontramos no Pontal do Peba, praia que nem exploramos, pois um fluxo inacreditável de motos, carros, cavalos e até ônibus desconstruíam a beleza do lugar,
Porém, somos exploradores e o melhor estava por vir.
Continuamos nossa aventura e alguns quilômetros à frente chegamos na cidade de Piaçabuçu, última cidade ao sul do litoral alagoano, divisa com o Estado de Sergipe onde se encontra um dos mais belos eventos do nordeste brasileiro. Situada às margens do Rio São Francisco, Piaçabuçu vive exclusivamente das bênçãos do "Velho Chico", a pesca e o turismo dão suporte à economia local.
E lá fomos nós, subimos em uma pequena embarcação para navegar por 10 quilômetros rumo à foz do rio são Francisco.
Simplesmente fantástico... navegar naquelas águas foi no mínimo maravilhoso, uma sensação de explorar o inexplorável, de tocar o intocável, o rio mesmo perdendo forças, continua imponente, único, altivo, ímpar. Escutando atentamente as estórias do Velho Chico narradas de maneira muito simples pelo condutor da embarcação, dava pra perceber com clareza a verdadeira devoção e respeito pelo rio, logo avistamos as dunas margeando e formando uma das mais belas paisagens que já vimos.
Rio, mar e dunas se fundindo, ao longe, na outra margem se avistava com dificuldade o Estado de Sergipe; rio e mar se unificaram, se entrelaçaram numa fusão perfeita, harmônica e viraram um só, um só espetáculo, um só rio, um só mar, um só amor.