O pretinho básico
O salvador da pátria, ele com seu estio único, disfarça gordurinhas, nos deixa elegante em qualquer ocasião, basta acrescentar uma estola ou echarpe, um brinco ou um colar, um sapato colorido ou um pretinho. Tá sempre na moda pode ser usado de dia ou de noite, um sucesso aonde você chega... Tô falando é do clássico vestido preto, o curinga de todas as horas e ocasiões.
“Na década de 1920 as vestimentas femininas tiveram as saias encurtadas e sem espartilho, para marcar a barra das saias as mulheres se ajoelhavam e então marcavam a barra do vestido, esse é o famoso comprimento Chanel, pois mademoiselle, achava os joelhos a parte do corpo feminino mais feia. Mesmo nos anos 60, Chanel não mostrava os joelhos. Nessa época a mulher achata os seios e os quadris com a cintura baixa, uma certa “androgenia”. Passa a ser um verdadeiro cilindro, corta o cabelo como sinal de emancipação, é a famosa melindrosa.”
João Braga
Em 1926 Chanel lança o seu petite robe noire seu “pretinho básico”. O preto era somente usado pelas viúvas, hoje ele está presente tanto no dia a dia quanto em noites de gala.
O modelo pretinho que eu trouxe hoje, tem a cintura bem marcada, todo plissado, superfeminino e de costas nua. Um arraso!
Deixo com vocês, para reflexão, um pequeno trecho de Erótica é a Alma, Adélia Prado...
“(...) Erótica é a alma que se diverte, que se perdoa, que ri de si mesma e faz as pazes com sua história. Que usa a espontaneidade pra ser sensual, que se despe de preconceitos, intolerâncias, desafetos. Erótica é a alma que aceita a passagem do tempo com leveza e conserva o bom humor apesar dos vincos em torno dos olhos e o código de barras acima dos lábios; erótica é a alma que não esconde seus defeitos, que não se culpa pela passagem do tempo. Erótica é a alma que aceita suas dores, atravessa seu deserto e ama sem pudores.”
Vestido: Tufi Duek
Fotos: Daniel Paza